Neil Young, 63, acaba de lançar o seu trigésimo segundo disco de carreira. “Fork in the Road” (bifurcação), é pesado como nunca, cru, simples, despretensioso, e ao mesmo tempo grandioso. Parece que o cantor tirou de sua guitarra os agudos, para nos ensurdecer com os graves. O álbum nos remete aos discos mais roqueiros de Neil Young com os seus companheiros inseparáveis, a competente Crazy Horse.
O disco foi composto a partir de uma ideia central que o músico tinha há anos, quando viajou com o seu Lincoln Continental modificado para funcionar com a energia solar. O projeto foi concluindo, graças ao seu velho amigo engenheiro. Este fascínio, do ecologicamente correto, deu o tom nas composições das dez músicas do disco.
A faixa título é um chute na porta, com as palavras ditas em um sequência absurda e a guitarra ensurdecendo os ouvidos - que culmina em um refrão rancheiro - é um dos destaques. “Just Singing a Song”, é uma deliciosa balada que leva o ouvinte ao refrão tradicional a lá Neil Young, com backing vocals, lirismo aos poros da pele, emoção, composições certeiras, enfim, a letra revela que só cantar uma canção não vai mudar o mundo.
As belas “Off The Road” e “Light a Candle”, traz o músico de volta ao lado sereno, acústico, caipira e desiludido. Os dois lados de Neil Young. Já, “Get Behind The Wheel”, joga no mato o violão e resgata a velha guitarra no estilo blues-caipira.
Fechando a conta, “Fork in the Road”, é um disco inspirado na sustentabilidade natural, muito bonito, mas o que combina na parte sonora são as guitarras empunhadas por um tal bardo canadense chamado Neil Young, onde entoa suas canções com o dedo em riste os agouros e vivência que o tempo de estrada lhe trouxe.
quarta-feira, 29 de abril de 2009
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