domingo, 26 de abril de 2009

Josh Rouse - "Country Mouse, City House"

Josh Rouse é destes artistas que sabem o que querem. Não propaga revolução musical e nem tão pouco requer em suas obras, um exercício delicado de familiaridade em suas músicas, em seu primeiro contato. Isto pra ele, não importa. Talvez a palavra que mais sintetize as obras de Josh Rouse, seja mesmo: a alma. A alma de um trovador solitário que evoca em suas canções, a sinceridade que falta no mundo musical, atualmente. Pontualmente, a cada ano, Rouse solta um disco. Sua vasta discografia permeia entre o delicado, o belo, a suavidade para com os arranjos orquestrais e sopros, violões acústicos, slide guitars, melodias simples, mas líricas, e o diferencial em suas obras, a honestidade para com seu público pequeno, mas fiel, comprovado em seus shows. Sinceridade vista e sentida também, em filmes de Clint Eastwood, Tim Burton, e do músico, Neil Young. Josh Rouse não está só. “Country Mouse, City House” é tudo isso escrito aí em cima, com uma pitada a mais de doçura, calmaria e sutileza, do que os seus discos anteriores (Subtitulo, 1972 e Nashville). Um álbum com a marca e identidade de Josh Rouse. (Pouco para alguns, mas muito, para quem acredita que as respostas para problemas complexos podem estar nas coisas mais simples. Como é o som e a proposta do cantor). Afinado com o seu tempo, Rouse, deixa claro através das palavras verbalizadas como melodias, o reflexo da existência do ser humano neste mundo atual: isolamento, solidão, natureza, religião, sonhos, desapegos, etc. Um álbum para se apreciar deitado em um confortável sofá ou poltrona, enquanto lá fora, o mundo corre com os seus dissabores e poucas alegrias.

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