O técnico Dunga deixou os dois principais jogadores gaúchos no banco de reserva. Alexandre Pato, que foi ídolo precoce no Internacional, e o craque já consagrado mundialmente Ronaldinho Gaúcho, que jogou por anos no arqui-rival Grêmio. Segundo o treinador, por questão física, Ronaldinho não foi escalado para jogar a primeira etapa do jogo. Já, Pato, pela ótima fase em que vive o atacante brasileiro Luís Fabiano.
O Brasil começa o jogo com o destaque da volta do meio-campista Kaká, depois de várias contusões sofridas neste ano. E não demora muito tempo para que o meio-campista milanês mostre toda a sua categoria habitual. Com toques rápidos e envolventes na bola, com ótima visão de jogo e objetividade nas jogadas, o jogador, começa a se destacar logo no começo do jogo. Com prestígio em alta no seu clube e na seleção, Kaká impõe um rítimo intenso armando as jogadas para os atacantes Luís Fabiano e Robinho, e vindo de trás com a bola em velocidade e precisão nos passes e chutes fortes vindos fora da área.
O Brasil começa a encontrar o seu melhor futebol. Com triangulações precisas e rápidas de Elano, Daniel Alves e Kaká, a bola começa a chegar com perigo na meta adversária. E não demora muito até que Kaká avança da ponta direita, dribla dois jogadores e é derrubado na área adversária. Pênalti. Luís Fabiano bate rasteiro no canto direito do goleiro, e é gol do Brasil.
A seleção brasileira depois de ter feito o primeiro gol segue marcando forte com Gilberto Silva, Fabio Melo e o zagueiro Lúcio, não dando espaços para o time peruano crescer no jogo. Feita a marcação forte, temos um time mais entrosado em campo, com um forte poder de ataque e com a presença insubstituível das ótimas armações de jogadas de Kaká. E não demora muito até o segundo gol. Num lance confuso, de impedimento, a bola viaja na pequena área e cai para o matador Luís Fabiano, que com classe, mata no peito, e com um chute mascado, porém bem colocado, chuta a bola devagar no contrapé do goleiro peruano. Gol do Brasil. E o atacante brasileiro se firma de vez no ataque da seleção canarinho.
A seleção segue pressionando o adversário, mas sem levar muito susto a meta do goleiro peruano. O jogo vai nesta constância até o final da primeira etapa.
A segunda etapa de jogo começa morna e com o time brasileiro sem modificações. O Brasil cadencia o jogo, administrando a vitória e o tempo, deixando assim, a torcida gaúcha a manifestar aos berros pedindo a entrada do jovem atacante Alexandre Pato. E não demora muito, e Pato entra, no começo da segunda etapa ovacionado pela torcida. Com boas arrancadas e dribles, o jogador começa a mostrar o seu melhor futebol em campo, mas sem grandes finalizações ao gol adversário.
O Brasil não repete a atuação do primeiro tempo, e até Kaká parece estar apagado no jogo. A partida segue para o seu final com os míseros dois a zero, feitos em uma seleção fraca tecnicamente. Pouco para uma seleção brasileira. Mas tudo mudaria a partir da arrancada com raça e rapidez do meio de campo Fábio Melo, onde o jogador praticamente colou a bola em seus pés e a trancos e barrancos driblando os jogadores peruanos, levou-a até a meta adversária fazendo mais um tento para o Brasil. Um gol acima de tudo, na vontade. Três a zero Brasil.
A partida depois do gol se tornou apática e previsível, sem grandes finalizações. Dunga trata de chamar para campo, o craque Ronaldinho Gaúcho, para o delírio da torcida e controversa opinião dos críticos perante a importância que o jogador tem mostrado com as fracas atuações na seleção canarinho. Fazia cabimento à entrada do jogador: era fim de jogo no estádio do seu rival, o Internacional, em sua cidade natal, e todo o seu histórico como jogador para o futebol nacional. Não se pode esquecer das vitórias e boas atuações que o craque nos deu. Foi justa a entrada do Gaúcho em campo.
Ele correu, lutou, marcou, deu dribles, chutou falta, cruzou, enfim, mostrou vontade, mas, no entanto, não foi e nem se esperava dele, uma grande partida. Até certo ponto normal, a não ser se lembrarmos o quão genial ele foi dentro das quatro linhas a ponto de ganhar com méritos, duas bolas de ouro, sendo como melhor jogador do mundo. È pouco o que ele jogou, mas tudo é momento no futebol.
A partida segue sem alteração no placar e sem grandes jogadas e finalizações, até os acréscimos do final do segundo tempo. Acaba a partida. Brasil 3x0 Peru.
Um jogo que valeu pela boa movimentação brasileira no primeiro tempo, os lances geniais e oportunos de Kaká, a grande presença na área de Luís Fabiano, alguns bons dribles de Robinho e boas triangulações do meio campo brasileiro. Pois no segundo tempo, o Brasil tocou mais a bola e administrou o bom resultado feito no começo do jogo. E por obra do acaso fez um tento a mais na segunda etapa. Sem muito merecer.
A seleção sai de campo com a vitória e com o segundo lugar no grupo das eliminatórias. Classificam-se quatro seleções, e o quinto lugar tem a chance de disputar a repescagem com algum selecionado da América.
Ps: Quis dar vazão à ótica da descrição e opinião. E, propositalmente, deixei de colocar informações adicionais, como: o tempo em que saíram os gols, as substituições de cada jogadores, os cartões recebidos, os acréscimos das duas etapas de jogo, etc.
Pois, o que vale no futebol: é bola na rede! Só (!?).
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