
Com o desenrolar da história, as cenas se mostram longas e em detalhes em relação à percepção dos atos do jovem skatista. Dando a impressão, muitas vezes, que estamos na alça de mira de seus movimentos. Acompanhando o filme com um binóculo que insiste em procurar algo de novo e revelador.
A câmera em slow motion, propositalmente, ilustram os momentos cruciais da trama, e que junto com a trilha sonora, faz uma fusão devastadora captando a sensibilidade de imagem e som. Já, a escolha das músicas de vários estilos diferentes, dão um sentido a mais de reflexão da vida. Ou, a analogia da volátil mudança de humor dos jovens, assim como eles mudam a cada segundo, as músicas de seus iPods.
O fato curioso do filme, é que Gus Van Sant, não se atém a explicar o seu desfecho final. Comum em suas obras. Ele retrata que os jovens, atualmente, em sua maioria, são pessoas deslocadas no tempo e no espaço em que os localizam. E que a amizade não é questão de afinidade. Como por exemplo, andar de skate não lhe trará necessariamente bons amigos.
No entanto, o mais importante em Paranoid Park, é mostrar a vida de um garoto skatista que busca em suas manobras solitárias de skate, as respostas para seus anseios na adolescência. Um filme de nosso tempo.
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